segunda-feira, 12 de julho de 2010

desfez

Desfez-se em sentimentos cada vez mais incompatíveis com sua pessoa. Obcecado pela pureza, encontrou o veneno nas pétalas murchas da paixão. Sua ruína. Desacreditado, consumiu o abismo dos olhares das ruas vadias e, catatônico, compartilhou dos muitos sexos da sarjeta. Nos vermes encontrou sua importância, no álcool encontrou aconchego. Afundado na lama fétida, inconsoláveis sentimentos te fizeram cair. Agarrado pelos tentáculos e por sombras, seduzido pela embriaguês estúpida dos desafortunados, da carência, o desanimo. Destruiu sua felicidade, destruiu seu sorriso.

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