terça-feira, 29 de junho de 2010

fluídos

Entre amores sujos e sabores insípidos, as virtudes são abandonadas. O velho, o jovem, o santo, o verme. A merda nos intestinos, tão fétida, é como sonhos doentios. Às vezes te fazem chorar, às vezes fazem parte da festa. Orgias, discrepâncias. Pão da vida. O vinho azedo. O sabor da urina. AH! O banho quente e a satisfação! Amargo. A pele nua e suja. Esperma e mijo. O charme do mundo de plástico. Le charme... Le charme... Por ele fazemos um espetáculo cheio de desarmonia. Discórdia, a palavra do encanto. Deixo-a sempre longe da decência! A sabedoria te faz pedante, faz procurar respostas. Aqui no esgoto, as indagações são abandonadas. As respostas você deve procurar em algum guardanapo sujo, ou lixo de banheiro. Ali, quem sabe, um número de telefone, ou endereço. Aqui meu bem, só quem faz perguntas é quem manda! O poder sobre a carne. O mamilo que sangra. O mestre tem as correntes. Você tem coleiras e farpas de ferro. Esmagar. Chorar. Dentes que rangem por debaixo de mordaças. Lâminas que cortam. Alfinetes que gozam! Carne e metal unos. Pele e plástico. Beber. Sentir o gosto. Engolir cuspe. Engolir o sexo. Todos os fluídos; suor, sangue, esperma. O banquete. O orgasmo.

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