domingo, 11 de abril de 2010

aurora

Suor que escorre na testa. Languidez. O badalar das horas. As frases ensaiadas mentalmente. Dez segundos, tempo de dialogo. Silêncio. Abandono. Olhos fixos em frames que repetem o mesmo momento. Nenhum ensinamento, nenhuma virtude. Granada na garganta. Aspectos e fisionomias normais. Há coisas que estragam o brilho que existe em certas palavras. Engolindo e regurgitando desencantos. Enterrado, debaixo de uma atmosfera lúgubre, as sobras do acalanto. A crise, o desespero, o sangue estático no coração. Por segundos, o pulso para, a respiração para, a garganta seca. Exposto, retraído. Desânimo ao cair e despedaçar o ideal. Sobra a sombra, a sempre irmã, pena que não tenha braços quentes e olhos profundos, nem pele para proporcionar o calor que é necessário. Sem nada que possa compensar o vazio, resta o esperar da aurora.

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