quinta-feira, 22 de abril de 2010

moléstia

Cansaço. Olhos entreabertos, músculos em espasmos. A cabeça gira impede que possa raciocinar linearmente. Condições que tornam tudo em seqüelas, desencantos, injurias. Seqüências de frases que atingem meus ouvidos como estourar de bombas. O sujeito mesquinho, indissolúvel, conspira para desencadear o processo de eliminação. Nenhum individuo mais possui utilidade em seu mundo fútil, desapegado. Sermões sensíveis, manipulações, promessas. Depois da paixão o abandono. Nenhuma surpresa, a não ser pela solidão, o escuro e as memórias translúcidas. Nada parece ter sido tirado, talvez sua quietude tenha sido abalada. Caricias mundanas trouxeram o desassossego. Estilhaçado. Demônio sádico, podre. Irremediável vazio. As construções silábicas, agora, sempre vêm acompanhadas com soluços e fel. As cores estão sempre num tom infecto e desbotado. Monótono inverno e seu entardecer chuvoso. Alcoólicos, adormeceres. Como desprender-se do marasmo e romper com a desilusão, sem que, para isso a vida precise ser transformada em moléstia?

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