O tempo, o maldito, aquele que deteriora tudo. Engole a alma, a estrela. Transforma tudo em pó ou em esquecimento. Escraviza aqueles que o teme com seus tentáculos perpétuos, tão impiedosos e implacáveis. Sedento pela decomposição, pela destruição do vivo e do inorgânico. Destrói os que rastejam sobre o seu limbo, os condena. Irremediável... A armadilha. O que pode pará-lo, já que o próprio dita sua permanência? Ele rege a vida, o espetáculo, com suas tormentas e desastres. Nada o desafia. Seu apetite é abismal, consome o simples, consome o complexo. Somos o banquete da grandeza única esperando que sua fome letárgica esfacele a existência. Temível, o senhor do fim, o único, imortal.
Manitou: O Espírito do Mal (1978)
Há 5 anos
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