terça-feira, 11 de maio de 2010

transmutar

Não sei de onde vem a necessidade de tentar satisfazer-se em ilusões. Declínio. O abismo. Esmagado por gigantes que se apoderam de vidas como se todas fossem mercadorias que pudessem ser trocadas ou descartadas sempre que a vontade de diversão e sadismo chegue. O jogo, o encanto de explorar, de amedrontar, desfigura. Transformam pessoas em monstros que se retorcem em busca de cabeças, peças para sua diversão atroz. Aceitar o flagelo se torna conveniente. Não resistir. Não definido como vida, não definido como nada. Nenhum respeito. Nada é singular. Apenas dejetos. Nenhum aperto de mão, somente um açoite. O tempo se transforma em remédio que cura os rasgões na carne, mas cada surra estará cravada na alma. Destruir com fogo a esperança em sobreviver ao inferno. Quero apenas fechar os olhos e esmagar as coisas que não fazem sentido. Não mais resistir, não fugir a nenhum golpe. Escutar os mesmos gritos. Sentir o pesar de cada pancada que irá moer os ossos. Sentir o pus romper a pele e deixar ser banquete aos vermes. Mudar de forma. Encontrar a paz.

Um comentário:

  1. otimas palavras....valeu meu rei...ei add ae meu msn pow... abraaocarrah@hotmail.com

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